Quem não tem cão…

Quem não tem cão…

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E vocês perguntam-se:
– Que geringonça é esta?! –, e eu sorrio diabolicamente, com um ar bem maroto…

Tenho a barriga tão cheia de orgulho, satisfação, alegria e contentamento que, se fosse a Gabriela, a velha cachorrinha rafeira dos meus pais, já teria dado 1000 voltas à casa, fintado as pernas da mesa e cadeiras da sala umas 100 vezes, deitando por terra uns quantos objectos que me surgissem no trajecto e, por fim, saltava de contente em cima do sofá, numa feliz guinchadeira de uis e ais!

Passo já a explicar o motivo do meu contentamento.

O aparelho adaptado a um velho tacho que vêem na imagem, trata-se de uma produção caseira que pretende imitar (e bem!) uma Máquina de Embalar a Vácuo. A fantástica invenção foi concebida pelo meu querido irmão que, como digo sempre, é a única pessoa no mundo que me faz todas as vontades!

Para quem não conhece a função destas máquinas, informo que servem para permitir uma melhor conservação dos alimentos em frascos (apesar de terem outras aplicações), retirando todo o ar que estes possam conter. Com isso, o produto não fica sujeito à oxidação e contaminação de possíveis bactérias que venham a formar bolor.

Existem no mercado máquinas com esta função que custam alguns milhares de euros. Mas eu, como (ainda!) não sou rica (sou uma “rica prenda”!) e tenho um irmão “inginheiro” do mais e melhor inventor que há por aí em toda a Europa (e quiçá em Portugal!), tenho agora à minha disposição este útil aparelho para usar nos meus frascos de doce.
Finalmente, com recurso a esta maquineta, vou poder dormir sossegada em relação, e muito em especial, aos frágeis Doce de Abóbora que, para além do fruto ser nulo em pectina, da adição de frutos secos e do meu costume de colocar pouco açúcar nos doces, por vezes me causavam alguns desgostos. Acabou! Agora o frasco vai fazer MESMO “plock”, com a tampa toda enfiada para dentro! Já nem preciso de ferver os frascos depois de cheios.

Mais ainda! Agora desdenho até daqueles frascos inúteis da fruta dos bebés que um palerma iluminado se lembrou de conceber, já que depois de abertos não podem ser reutilizados, dado que nunca mais voltam a fechar convenientemente. Parvos esses inventores! Deviam ser condenados por não serem amigos do ambiente, mesmo sendo sócios da SPV e pagando os direitos para usar os símbolos da reciclagem, como eu também pago! Para eles, segue aqui o meu sorriso amarelo de desdém, já que agora posso usar esses frasquitos de treta para as minhas amostras! Plock, plock, plock!

Vou então tentar explicar o funcionamento da coisa… Com os tubos bem colocados nos respectivos orifícios, colocam-se 8 frascos cheios dentro do tacho. Liga-se o motor e aguarda-se cerca de 20 segundos, até que no manómetro o ponteiro atinja a indicação de vácuo. Desliga-se. Desaperta-se o zingarelho no topo da tampa do tacho para fazer entrar o ar e depois conseguir levantar a tampa. Et voilá! Plock!

E esta hein?!

E agora eu, vaidosa, de peito todo inchado, pergunto:
- Quantos de vocês que estão desse lado e que também fazem doces e compotas gostariam de ter uma geringonça destas? Ah, pois é! Irmãos como o meu não andam por aí à solta no mercado e este é meu e intransmissível!

Para concluir a minha explicação sobre as máquinas de vácuo, deixo convosco o vídeo de demonstração de uma das marcas mais conhecidas no mercado (€€€) neste tipo de aparelhos:

https://www.youtube.com/watch?v=rCS5uLZmQ18

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