@mode: Queres ler… Será que consegues?!

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@mode: Queres ler… Será que consegues?!

Quero ler um livro, apenas. Nada de doces, fogão, tachos ou frascos. Acendo a lareira, deito-me no sofá e pego no livro. 

Situação 1: O miúdo convidou um amigo cá para casa, ambos brincam e falam alto. Na TV dá, pela 18271 vez, um episódio da Ladybug, no Disney Channel. Estão na mesa da sala a “jogar” RISK. Encolho-me no sofá, na esperança que não me venham pedir para explicar o jogo ou ler regras! Espalham canhões e soldados pelo mundo inteiro e papagueiam regras que cada um inventa para favorecimento do seu próprio império.
Não consigo ler…

Situação 2: O piqueno está a jogar PlayStation (sim, o Pai Natal foi um mãos-largas nesta quadra) e quer que eu jogue com ele… HELP!
– (…)“Oh filho, a mãe não sabe mexer nesses botões todos…”
– “Eu explico!” (…)
Nestas coisas da PlayStation o melhor é não experimentarmos sequer, pois corremos o sério risco de gostar daquilo, o que é PÉSSIMO. Por isso, limito-me a ajudar o petiz a ler as dicas nas “Subtitles”, para destruir mais uma parede ou deslocar algum mecanismo e avançar de nível.
– “Qual é o herói da Marvel que mais gostas?”
– “…O Homem Aranha”. – O inquérito continua e eu falho todas as questões sobre super-heróis e seus superpoderes. Na minha idade, já somos muito selectivos da informação que registamos na base de dados. Ele bem tenta. Mas eu só quero ler um livro!

Situação 3: Os miúdos estão do meu lado, sentados no sofá, a jogar PlayStation. – “Anda amigo, vem-me ajudar. Destrói essa parede!”. – “BOAAAA!”

Eis, que me lembro “daquela inglesa no ginásio, nos meus tempos de ERASMUS”: enquanto pedalava na bicicleta, ouvia música e lia um livro. Vi-a ler vários livros.

Descobri que, afinal, também consigo ler e ouvir o Spotify ao mesmo tempo! Entretanto, terminei um livro e comecei outro. É um remédio santo. Por vezes, o miúdo ainda me olha de soslaio, mas não se atreve a perturbar o meu momento zen. Coloco os phones e o volume baixo, mas acho que esta técnica só funciona para livros que nos apeguem e, às vezes, falha! No outro dia, o meu cérebro detecta o Alejandro Sanz com o “corazon partio”. Salto do sofá e começo a dançar pela sala. Indignado pelo susto, o piqueno reclama:
– “Ai minha mãe! És maluca!”.

Serei?!

PS – O licor da foto é mesmo, e só, para dormir melhor!

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